domingo, 8 de julho de 2012

Quando o dia termina

POR THIAGO ARAÚJO PEREIRA




É alvorada de primavera,

Meu reflexo no espelho me mostra a mesma face desprezível,

Os primeiros vestígios do sol logo vão aparecer,

Por que tenho certeza de que o dia será previsível?

E que todas as expectativas irão morrer?

***

Meu chuveiro não me acalma mais,

A familiaridade da minha casa me entedia,

Toda sua cor e essência tornam minha permanecia fugaz,

Assim como a mesmice do dia-a-dia.

***

Não reparo mais nos rostos da cidade,

Pois não tenho coragem para olhar,

A horrenda desigualdade,

Que faz o povo chorar.

***

Faça sol ou chuva,

Nada muda

Por mais feroz que seja a luta,

Nunca mudo minha conduta.

***

Não tenho muitos lugares para meditar,

Já que a maior parte do dia vivo a trabalhar,

Sorte minha por ter essa alternativa,

Uma vez que nela encontro meu estimulo de vida.

***

É de admirar a nostalgia,

Quando vem o fim do dia,

Contudo, por mais que eu pereça,

No fogaréu de uma floresta haverá uma flor que não queimará,

Seu nome, esperança,

Pois quando o dia termina,

Outro começa.

Nenhum comentário:

Postar um comentário