É
alvorada de primavera,
Meu
reflexo no espelho me mostra a mesma face desprezível,
Os
primeiros vestígios do sol logo vão aparecer,
Por
que tenho certeza de que o dia será previsível?
E
que todas as expectativas irão morrer?
***
Meu
chuveiro não me acalma mais,
A
familiaridade da minha casa me entedia,
Toda
sua cor e essência tornam minha permanecia fugaz,
Assim
como a mesmice do dia-a-dia.
***
Não
reparo mais nos rostos da cidade,
Pois
não tenho coragem para olhar,
A horrenda
desigualdade,
Que
faz o povo chorar.
***
Faça
sol ou chuva,
Nada
muda
Por
mais feroz que seja a luta,
Nunca
mudo minha conduta.
***
Não tenho
muitos lugares para meditar,
Já
que a maior parte do dia vivo a trabalhar,
Sorte
minha por ter essa alternativa,
Uma
vez que nela encontro meu estimulo de vida.
***
É de
admirar a nostalgia,
Quando
vem o fim do dia,
Contudo,
por mais que eu pereça,
No fogaréu
de uma floresta haverá uma flor que não queimará,
Seu
nome, esperança,
Pois
quando o dia termina,
Outro
começa.
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