quinta-feira, 12 de abril de 2012

Psicologia Comportamental


O Behaviorismo

TEXTO ADAPTADO POR THIAGO ARAÚJO PEREIRA





Transcrição do capítulo 3 do livro de BOCK, Ana; FURTADO, Odair e TEIXEIRA, Maria. Psicologias. Uma introdução ao

Estudo de Psicologia. São Paulo: Saraiva 1992. Pág. 38-47.

O ESTUDO DO COMPORTAMENTO.



1.    INTRODUÇÂO



O termo Behaviorismo foi inaugurado pelo americano John B. Watson, em um artigo (1913) que apresentava o título "Psicologia como os behavioristas a veem". O termo inglês behavior significa comportamento, daí se denominar esta tendência teórica de behaviorismo. Mas, também utilizamos outros nomes para designá-la, como comportamentalismo, teoria comportamental, análise experimental do comportamento.



2.    PSICOLOGIA COMO CIÊNCIA



Segundo Watson, postulando então o comportamento como objeto da psicologia, dava a esta ciência a consistência que os psicólogos da época vinham buscando. Um objeto observável, mensurável, que podia ser reproduzido em diferentes condições e em diferentes sujeitos. Essas características eram importantes para que a Psicologia alcançasse o status de ciência, rompendo definitivamente com sua tradição filosófica.

É importante esclarecer, desde o início, que o Behaviorismo, apesar de colocar o há a possibilidade de existir uma psicologia científica Portanto, o Behaviorismo dedicou-se ao estudo do comportamento na relação que este mantém com o meio ambiente onde ocorre. Mas como comportamento e meio são termos amplos demais para poderem ser úteis para uma análise descritiva nesta ciência, os psicólogos desta tendência chegaram aos conceitos de estímulo e resposta.

“Deem-me uma dúzia de crianças sadias, bem constituídas e a espécie do mundo que preciso para educá-las, e eu garanto que, tomando qualquer uma delas ao acaso, prepará-la-ei para se tornar num especialista que eu selecione: um médico, um comerciante, um advogado e sim, até um pedinte ou ladrão, independentemente dos seus talentos, inclinações, tendências, aptidões, assim como da profissão e da raça dos seus ancestrais.”


WATSON, J., Behaviorism, Norton, 1925, p. 85



Estímulo e resposta são, portanto as unidades básicas da descrição e o ponto de partida para uma ciência do comportamento. O homem começa a ser estudado como produto do processo de aprendizagem pelo qual passa desde a infância, ou seja, como produto das associações estabelecidas durante sua vida entre estímulos (do meio) e respostas (manifestações comportamentais).



3.    A ANÁLISE EXPERIMENTAL DO COMPORTAMENTO



O mais importante dos behavioristas que sucedem Watson é B. F. Skinner.

O Behaviorismo de Skinner, conhecido como Análise Experimental do Comportamento, tem influenciado muitos psicólogos americanos e psicólogos de vários países onde a psicologia americana tem grande penetração, como o próprio Brasil. Skinner faleceu em 1990 e realizava suas pesquisas na universidade americana de Harvard.



A base da corrente skinneriana está na formulação do condicionamento operante. Para desenvolvermos este conceito, retrocederemos um pouco na história do Behaviorismo, introduzindo as nações de comportamento reflexo e condicionamento respondente para então chegar ao condicionamento operante. Vamos lá.



4.    O CONDICIONAMENTO RESPONDENTE

O comportamento reflexo é um comportamento involuntário (reflexo) e inclui as respostas que são eliciadas ("produzidas") por modificações especiais de estímulos do ambiente. Por exemplo, a contração das pupilas quando um a luz forte incide sobre os olhos, a salivação quando uma gota de limão é colocada na ponta da nossa língua, o arrepio da pele quando um ar frio nos atinge, as famosas "lágrimas de cebola" etc.



Esses comportamentos reflexos são involuntários, como já dissemos, e eliciados pelos estímulos especiais do meio. Mas também podem ser provocados por outros estímulos que, originalmente, nada têm a ver com o comportamento, devido à associação entre estímulos.



Assim, se um estímulo neutro (aquele que originalmente nada tem a ver com o comportamento) for pareado (associado) certo número de vezes a um estímulo eliciador (aquele que elicia o comportamento), o estímulo previamente neutro, irá evocar a mesma espécie de resposta. Para deixar isso mais claro vamos a um exemplo: “Suponha que, numa sala aquecida, sua mão direita seja mergulhada numa vasilha de água gelada”. Imediatamente temperatura da mão abaixar-se-á, devido ao encolhimento ou constrição dos vasos sanguíneos. Isto é um exemplo de comportamento correspondente. Será acompanhado de uma modificação semelhante, e mais facilmente mensurável, na mão esquerda, onde a constrição vascular também será induzida. Suponha agora que sua mão direita seja mergulhada na água gelada, certo número de vezes, digamos em intervalos de três ou quatro minutos; e, além disso, que você ouça uma cigarra elétrica pouco antes de cada imersão. Lá pelo vigésimo pareamento do som da cigarra com a água fria, a mudança de temperatura poderá ser eliciada apenas pelo som - isto é, sem a necessidade de molhar mãos (KELLER, Fred. Aprendizagem: teoria do reforço. São Paulo: Herder e EDUSP, 1970).



Neste exemplo de condicionamento respondente, a queda de temperatura da mão, eliciado pela água fria é uma resposta incondicionada (não foi condicionada). Enquanto a queda da temperatura eliciada pelo som é uma resposta condicionada (aprendida); a água é um estímulo incondicionado e o som, um estímulo condicionado. Skinner concentrou seus estudos na possibilidade de condicionar os comportamentos operantes.





5.    O CONDICIONAMENTO OPERANTE



O comportamento operante é a ação voluntária que abrange uma quantidade muito maior da atividade humana. Desde o comportamento do bebê de balbuciar, agarrar objetos, olhar os enfeites do berço, até o comportamento mais sofisticado que o adulto apresenta.



"Inclui todos os movimentos de um organismo dos quais se possa dizer que, em algum momento, têm um efeito sobre ou fazem algo ao mundo em redor. O comportamento operante opera sobre o mundo, por assim dizer, quer direta, quer indiretamente".



    Keller (op. cit.), O comportamento operante.





A leitura que você está fazendo deste livro; escrever; pedir para o táxi parar com o gesto da mão; pilotar um avião fazê-lo explodir; tocar um instrumento; namorar é todos exemplos de comportamento operante.

.

O condicionamento deste tipo de comportamento, o operante, tem seus fundamentos na Lei do Efeito, de Thorndike. Segundo Keller, em essência, essa lei enuncia que "Um ato pode ser alterado na sua força pelas consequências".





Assim, se deixarmos um ratinho privado de água durante 24 horas, ele certamente apresentará o comportamento de beber água assim que tiver oportunidade. Ora, o ratinho, no seu habitat, quando quer beber água emite algum comportamento que lhe permite realizar seu intento. Esse comportamento foi sem dúvida aprendida e mantida pelo efeito que proporcionou matar a sede.



Sabendo disso, podemos reproduzir essa situação num laboratório, só que neste caso nós determinaremos a resposta que desejamos que o organismo emita para conseguir o efeito esperado, de matar a sede.



Colocamos então nosso ratinho na “Caixa de Skinner" onde ele encontrará apenas uma barra que, quando pressionada, aciona um mecanismo (camuflado para o ratinho) que faz com que uma pequena haste traga à caixa uma pequena gota de água.



Que resposta esperar do nosso ratinho? Que pressione a barra. Como isto ocorre pela primeira vez? Por acaso, por mero acidente, o ratinho, na exploração da caixa, encosta na barra, faz surgir pela primeira vez a gotinha de água, que é lambida devido à sede. Para saciá-la, ele continuará buscando a água e irá repetir o seu comportamento até que o ato de pressionar a barra esteja associado ao aparecimento da água.



Neste caso, do condicionamento operante, o que propicia a aprendizagem dos comportamentos é a ação do organismo sobre o meio e o efeito resultante, no sentido de satisfazer-lhe alguma necessidade, ou melhor, dizendo, a relação que se estabelece entre uma ação e seu efeito.



Este condicionamento operante pode ser representado da seguinte maneira: R -> S, onde R é a resposta (pressionar a barra), a flecha significa "leva a" e S é o estímulo reforçador (a água), que tanto interessa ao organismo Esse estímulo reforçador é chamado de reforço. E é mantido o termo estímulo por ser ele o responsável pela ação, apesar de ocorrer depois do comportamento. Assim, agimos ou operamos sobre o mundo em função das consequências que nossa ação cria. O estímulo de nossa ação está em suas consequências.



Pense no aprendizado de um instrumento. Nós o tocamos para ouvir seu som. Ou, outros exemplos ainda, como: dançar para estar próximo do corpo do outro, mexer com a garotinha para receber seu olhar, abrir uma janela para que entre a luz.





6.    REFORÇO



O reforço pode ser positivo ou negativo.



O reforço positivo é aquele que, quando apresentado, atua para fortalecer o comportamento que o precede, como já afirmamos acima.



O reforço negativo é aquele que fortalece a resposta que o remove. Assim, poderíamos voltar a nossa caixa de Skinner que agora, em vez de gotas de água, terá um choque no Assim, poderíamos voltar a nossa caixa de Skinner que agora, em vez de gotas de água, terá um choque no assoalho, que poderá ser removido pela pressão da barra. Após tentativas de evitar o choque, o ratinho chega à barra e a pressiona (por acaso, como da outra vez).



O choque desaparece. Aos poucos, o bater na barra está associado com o a pressiona (por acaso, como da outra vez). O choque desaparece. Aos poucos, o bater na barra está associado com o a pressiona (por acaso, como da outra vez). O choque desaparece. Aos poucos, o bater na barra está associado com a aprendizagem, é Reforçamento porque um comportamento é emitido e aumentado em sua frequência por obter um efeito desejado. O Reforçamento positivo oferece alguma coisa ao organismo; o negativo permite a retirada de algo indesejável.





7.    EXTINÇÃO



Assim como podemos instalar comportamentos, podemos "Descondicionar uma resposta". Skinner trabalhou nesse processo de eliminação dos comportamentos indesejáveis ou inadequados e denominou-o extinção.



O salto do condicionamento operante para a extinção foi curto. Se é o esforço ou o efeito que mantém um comportamento operante, com certeza a ausência desse reforço fará desaparecer a resposta.



Deixamos então de paquerar uma garota quando, depois de várias investidas, ela nem nos dirige o olhar, ignorando-nos.

.

Outra forma de extinção do comportamento é a chamada punição. A extinção, pela suspensão do reforço, é uma maneira demorada de "eliminar" uma resposta. Quando se trata de eliminar um comportamento muito inadequado e que possa trazer perigo ao próprio organismo é preciso usar uma técnica mais eficiente. Sabendo que todo o organismo tende a fugir de estímulos aversivos, indesejáveis, é possível dosar a intensidade desses estímulos para, sem agredir o organismo, desestimulá-lo a continuar emitindo uma determinada resposta.



Se você retornar um pouco no tempo, na história de sua vida, lembrar-se-á das palmadas e dos castigos que recebeu de seus pais, quando emitia um comportamento indesejável. Essas palmadas e castigos eram punições pela emissão do comportamento e tendiam a levar o comportamento ao seu desaparecimento.



É preciso certo cuidado para não confundir o Reforçamento negativo com a punição. No caso do Reforçamento negativo, um comportamento está sendo instalado para evitar um estímulo desagradável; no caso da punição, um determinado comportamento estará sendo eliminado através da emissão de um estímulo aversivo.



Assim, nosso ratinho, que havia aprendido a bater na barra para obter água (Reforçamento positivo) e em seguida aprendeu a bater nela para eliminar o choque (Reforçamento negativo), poderá agora ter seu comportamento de bater na barra eliminado se, cada vez que fizer isso, liberamos um choque (punição) ou, ainda, se nunca mais lhe for apresentada a gotinha de água (extinção).





8.    GENERALIZAÇÃO



Este conceito completa a nossa compreensão de teoria do reforço como uma teoria de aprendizagem.

Quando estamos treinados para emitir uma determinada resposta, em uma dada situação, poderemos emitir esta mesma resposta em situações onde percebemos uma semelhança entre os estímulos. Quando percebemos a semelhança entre estímulos e os aglutinamos em classes estamos usando a nossa capacidade de generalizar. Ou seja, uma capacidade de responder de forma semelhante a situações que percebemos como semelhantes.



Esse princípio de generalização é fundamental quando pensamos na aprendizagem escolar. Nós aprendemos na escola alguns conceitos básicos, a fazer contas e a escrever certas palavras. Graças à generalização, podemos transferir esses aprendizados para diferentes situações, como dar troco e recebê-lo numa compra, escrever uma carta para a namorada distante e aplicar conceitos de Física para consertar aparelhos eletrodomésticos. Para a namorada distante e aplicar conceitos de Física para consertar aparelhos eletrodomésticos.



Na vida cotidiana, também aprendemos a nos comportar em diferentes situações sociais dadas a nossa capacidade de generalização no aprendizado das regras e normas sociais. E aqui vale a pena falar de outra capacidade que temos importante tanto no aprendizado escolar quanto no aprendizado social, a discriminação.





9.    DISCRIMINAÇÃO



Se a generalização é a capacidade de percebermos semelhanças entre estímulos e responder de maneira semelhante ou igual a todos eles, a discriminação é o processo inverso, é a capacidade que temos de perceber diferenças entre estímulos e responder diretamente a cada um deles.



Poderíamos aqui pensar no aprendizado social. Há, por exemplo, normas e regras de conduta para festas; cumprimentar os presentes, ser gentil, procurar manter diálogo com as pessoas, agradecer e elogiar a dona da casa. No entanto, as festas podem ser diferentes: mais informais; familiares, pomposas, em casa do patrão de seu pai. Somos então capazes de discriminar esses diferentes estímulos e nos comportar de maneira diferente em cada uma das situações.





10. BEHAVIORISMO: SUA APLICAÇÃO



A principal área de aplicação dos conceitos apresentados tem sido a educação. São conhecidos os métodos de ensino programado e o controle e organização das situações de aprendizagem, bem como a elaboração de uma tecnologia de ensino. Entretanto, outras áreas também têm recebido a contribuição das técnicas e conceitos desenvolvidos pelo behaviorismo, como a área de treinamento de empresas, a clínica psicológica, o trabalho educativo de crianças excepcionais, a publicidade e outros mais.



Na verdade, a análise experimental do comportamento pode auxiliar-nos a descrever nossos comportamentos em qualquer situação, ajudando-nos a modificá-los.





11. O PROBLEMA DO CONTROLE



11.1 Considerações finais



Há certas regras empíricas de acordo com as quais o comportamento humano vem sendo controlado há muito tempo e que constituem uma espécie de arte pré-científica. O estudo científico do comportamento alcançou o ponto em que pode proporcionar técnicas adicionais, Na medida em que os métodos da ciência continuarem a ser aplicados ao comportamento, poderão esperar que as contribuições técnicas se multiplicassem rapidamente. Se pudermos julgar a partir da aplicação da ciência em outros problemas práticos, o efeito sobre os assuntos humanos será tremendo.



Não temos nenhuma garantia de que o poder assim gerado será usado para aquilo que agora parece ser o melhor dos interesses da humanidade. Como o demonstra limpidamente a tecnologia da guerra moderna, os cientistas não têm sido capazes de evitar que o uso de suas descobertas se faça em modos que estão longe dos propósitos originais da ciência. Uma ciência do comportamento não contém em si mesmas quaisquer meios de controlar o uso para o qual suas contribuições serão dirigidas (...). Na Alemanha nazista os resultados de uma ciência mais exata foram aplicados para os interesses similarmente restritos. Poderá isso ser evitado? Devemos continuar a desenvolver uma ciência do comportamento sem ligar para o uso que dela se fará? Se não, a quem deve ser delegado o uso do controle que ela gera?





Não é apenas uma questão intrigante, é assustadora; pois há uma boa razão para temer aqueles que, com maior probabilidade usurparão o controle. Winston Churchill uma vez respondeu a uma sugestão de que a ciência eventualmente seria capaz de "controlar com precisão os pensamentos dos homens" dizendo; "Ficarei muito contente se minha tarefa neste mundo terminar antes que isso aconteça". Entretanto, esta não é uma disposição inteiramente satisfatória do problema. Outros tipos de soluções podem ser classificados sobre quatro títulos gerais. Negação de controle. Uma solução proposta é insistir em que o homem é um agente livre e eternamente além do alcance das técnicas controladoras. Aparentemente já não é possível buscar refúgio nessa crença. (...) Todos nós controlamos, e somos todos controlados. À medida que o comportamento for mais profundamente analisado, o controle virá a ser mais eficaz. Mais cedo ou mais tarde o problema deverá ser encarado.





Recusa de controle. Uma solução alternativa é a rejeição deliberada da oportunidade para controlar. O melhor exemplo disso vem da psicoterapia. Muitas vezes o terapeuta tem consistência de eu poder sobre o indivíduo que vem a ele em busca de auxílio. (...) A solução de Rogers é diminuir ao máximo o contato entre paciente e terapeuta a ponto de que o controle parece ter desaparecido. (...) Entretanto, recusar-se a exercer controle e deixá-lo assim para outras fontes, muitas vezes tem o efeito de diversificá-lo. (...)Diversificação do controle. Uma solução particularmente óbvia é distribuir o controle do comportamento humano entre muitas agências* que tenham tão pouco em comum que não seja provável que se juntem em uma unidade despótica. Em geral este é o argumento em favor da democracia e contra o totalitarismo. Em um estado totalitário toda a solução para o problema do controle. É a ineficácia das agências diversificadas que oferece alguma garantia contra o uso despótico do poder. (...) Até onde as forças que se opõem mantêm certo equilíbrio, evita-se a exploração excessiva por qualquer das agências. Isso não significa que o controle nunca seja abusado. (...) Para aqueles que temem o abuso de uma ciência do comportamento humano esta solução sugere um processo óbvio. Distribuindo o saber científico o mais amplamente possível, obteremos alguma certeza de que não será monopolizado por nenhuma agência para seu próprio fortalecimento. Controle do controle. Em outra tentativa para resolver o problema do controle dá-se uma agência governamental o poder de limitar à medida que o controle é exercido por indivíduos ou por outras agências. (...) Restringe-se o controle pessoal dando ao indivíduo socorro contra "influências indevidas”. (...)*Por agencia, o autor entende religião, educação, propaganda.



11.2  Considerações finais: Por Thiago Araújo Pereira



O Behaviorismo é a ciência, segundo Watson, que estuda o comportamento, através de estímulos e respostas.





12. METODOLOGIA CIENTIFICA





Pesquisa adaptado do texto original em PDF colhido da internet. Autor desconhecido.







13. REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS





SKINNER, B. F. Ciência e comportamento humano. Brasília: Ed. UNB e FUNBEC, 1970. p. 245-248



O BEHAVIORISMO, http://chasqueweb.ufrgs.br/~slomp/edu01011/bock-behaviorismo.pdf. Data 12 de abril 2012. 05:00

quarta-feira, 11 de abril de 2012

Novo Remix: "Set Fire to the Rain"

Restore Feelings Dj's com o remix da música "Set Fire to the Rain" de "Adele" A melhor versão já produzida.

sábado, 2 de julho de 2011

Grandes Teóricos

Vygotsky & Piaget: A contribuição destes autores para a Educação e a Psicologia Educacional.
Por: Thiago Araújo Pereira

Imagem modificada por Thiago Araújo


Eu acredito que Vygotsky tem certa vantagem em relação a Piaget, pelo fato de ter esquematizado uma teoria psicológica, e há muito tempo a psicologia tem sido um dos pontos de apoio da pedagogia.  Às vezes até mesmo tornando-se quase que o centro do pensamento pedagógico. A preocupação de Piaget era epistemológica, ou seja, explicar como pode se produzir o conhecimento científico e as ciências.
O diferencial dessas duas teorias em relação a outras tantas que foram aproveitadas nos meios pedagógicos é que se trata de concepções dialéticas. Ou seja, ambas procuram superar a visão linear que enfatiza o processo de desenvolvimento, ou mesmo de aprendizagem do sujeito, de fora para dentro ou de dentro para fora. Isso quer dizer que são teorias interacionistas.
Piaget deu ênfase em seus estudos ao jeito construtivo, ou seja, das construções realizadas pelo sujeito. Vygotsky deu ênfase aos processos de trocas, ou seja, de interação do sujeito com seu meio, principalmente seu meio social e cultural.
As contribuições dessas teorias para a prática pedagógica passam necessariamente pela possibilidade de se compreender melhor a dinâmica dos processos que acontecem no ato de ensinar/aprender, ou seja, o sujeito que interage com o outro desenvolve sua linguagem, seu inconsciente passa a trabalhar melhor, suas percepções são internalizadas com mais facilidade e a visão desse individuo pode ser mais ampla e antropológica.

Brincar de Aprender 2

UTILIZANDO ATIVIDADES PARA AUXILIAR A CRIANÇA NO CONVÍVIO SOCIAL

Jéssica Rodrigues Silva
Liliane Nascimento da Silva
Natalia Orsioli de Souza
Stéfane Rodrigues de Macedo
Thiago Araújo Pereira




Trabalho apresentado como requisito parcial do Curso de Psicologia, para a obtenção de nota da disciplina de  Projeto Integrador, ministrado pelo Profª Dr. Valderlei Furtado Leite da Faculdade Anchieta.

sÃO BERNARDO DO CAMPO – SP
2011


 


 1. INTRODUÇÃO

<><><><> <> <><><><> <> <><><><> <>
Fonte: http://www.gettyimages.com/

Nós, pesquisadores, focamos na pesquisa de ampliar atividades para auxiliar a criança no convívio social, priorizando a faixa etária de 2 a 5 anos de idade.   O grupo recorreu à pesquisa bibliográfica, utilizando como sustentação a teoria do biólogo e filosofo Jean Piaget e Maria Ângela Barbato Carneiro.
A motivação do grupo partiu do interesse de compreender e solucionar o problema que tem sido a carência de espaços como a brinquedoteca dentro de instituições de educação infantil (escolas e creches) com o intuito de incluir esse individuo na sociedade e mostrar que a criança só se desenvolve brincando.

2. PROBLEMA

Basta só reservar um tempo para as crianças se divertirem naturalmente ou as brincadeiras podem ser sistematizadas?


O sujeito tem potencialidades e características próprias, mas, se o meio não favorece esse desenvolvimento (fornecendo objetos, abrindo espaços e organizando ações), elas não se concretizam. A presença ativa do sujeito diante do conteúdo é essencial – portanto, não basta somente ter contato com o conhecimento para adquiri-lo. É preciso “agir sobre o objeto e transformá-lo. (SANTOMAURO, 2010, p. 80).

3. JUSTIFICATIVA


O sujeito tem potencialidades e características próprias, mas se o meio não favorece esse desenvolvimento (fornecendo objetos), abrindo espaço e organizando ações elas não se concretizam não basta somente ter contato com o conhecimento para adquiri-lo. E preciso Agir sobre o objeto e transformá-lo (SANTOMAURO, 2010, p. 78).


Diante dos brinquedos oferecidos na brinquedoteca a criança expõe os seus conhecimentos e agilidades abrindo espaço para a aproximação com outras crianças contribuindo com o desenvolvimento de ambas.
Com a aplicação de jogos elas conseguem coordenar os movimentos aumentando suas capacidades de adquirir novos hábitos.


Para Piaget, todo conhecimento somente é possível porque há outros anteriores. É dessa maneira que se desenvolve a inteligência. Desde o nascimento, a pessoa começa a realizar um processo contínuo e infinito de construção do conhecimento, alcançando níveis cada vez mais complexos. Ao agir sobre um novo objeto ou situação que entre em conflito com as capacidades já existentes, as pessoas fazem um esforço de modificação para que suas estruturas compreendam a novidade. (FERNANDES, 2011, p. 72)


No caso deste, o trabalho é feito na faixa-etária de 2 a 5 anos abrangendo o período sensório-motor e pré-operatório. Para Piaget

Cada período caracterizado por aquilo que melhor o individuo consegue fazer nessas faixas-etárias, ou seja, durante esses períodos de desenvolvimento humano aparecem novas qualidades de pensamentos que por sua vez interferem no desenvolvimento global. (BOCK, 2001, p. 101)


A linguagem usada em uma criança de 2 anos não é a mesma usada com uma de 4 anos. O facilitador, no caso deste o docente, irá atuar diante com cada uma delas da forma mais adequada mesmo que todas as idades (2 a 5) estejam em um mesmo ambiente.


Para que haja desenvolvimento o avanço das crianças, o decente precisa tomar muitas decisões: considerar as demandas das turmas, propor questões e desafios e pensar formas de promover ações que gerem aprendizado. Dominando sua área além de saber os processos pelos os quais o aluno aprende os mais diferentes conteúdos (SANTOMAURO, 2010, p. 81)


Ter um ambiente com jogos e brinquedos dispostos livremente sem direcionamento da brinquedista indica facilidade ou a dificuldade de cada um mostrando para o educador quais os pontos deverão ser trabalhados para que a criança saiba como interagir com o grupo.

4. HIPÓTESE

A idéia é que o brincar e jogar faça que a criança aprenda a se expressar melhor, fazendo-a conhecer diversas opiniões acrescentando novas idéias em sua vida. A Brinquedoteca faz que as crianças aprendam a conviver em sociedade.

O brincar como indicador de atitude na construção de competência uma vez que por intermédio da brincadeira pode se obter um feixe de habilidade que posteriormente edificará uma competência no indivíduo.

A utilização da Brinquedoteca trata-se da integração da criança na sociedade para incentivo e melhoria do seu aprendizado.
5. OBJETIVOS

5.1 OBJETIVO GERAL

O objetivo deste trabalho é introduzir a brinquedoteca nas instituições de ensino para auxiliar o desenvolvimento da criança na sociedade.

5.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS

Demonstrar o papel fundamental dos brinquedos no desenvolvimento infantil, pois brincar é a linguagem que as crianças usam para se manifestar, descobrir o mundo e interagir com o outro. Quando incentivadas, as crianças adquirem novas habilidades, desenvolvem a imaginação e a autonomia.
Fornecer informações sobre a importância dos objetos ou jogos, despertar a curiosidade de cada uma das crianças, sendo também um indicador da sua realidade futura, cada símbolo demonstrado apresenta qualidades ou até mesmo dificuldades que podem ser trabalhadas pelo educador.

6. METODOLOGIA CIENTÍFICA

Por se tratar de uma pesquisa na área de ciências humanas, este Projeto foi desenvolvido a partir da investigação bibliográfica com análise exploratória. Diante do disposto foram realizadas leituras e inferências teóricas dos clássicos até autores mais contemporâneos sobre o objeto de estudo. A análise se deu por uma reflexão de ordem qualitativa sob a ótica interdisciplinar no propósito de edificar o conhecimento holístico, neste caso a epistemologia ligada ao brincar.
Segundo Antonio Joaquim Severino:


Elaboração dos processos metodológicos e técnicos para o levantamento dos dados empíricos, bem como na sua aplicação concreta, se faz ativa a intervenção da atividade teórica. (pag. 150)


Existem vários processos de levantamento de dados empíricos, existem igualmente vários modos de interpretação lógica destes dados. Trata-se dos vários métodos epistemológicos utilizáveis para a compreensão significativa dos dados reais. Por isso, a ciência não pretende mais atingir uma verdade única e absoluta: suas conclusões não são consideradas como verdades dogmáticas, mas como formas de conhecimento, conteúdos inteligíveis que dão sentido e determinado aspecto da realidade. (pag. 150)

7. Sustentação Teórica

É de nosso conhecimento que os jogos são fundamentais porque desenvolvem na criança a autonomia e a sociabilidade. O brincar como atividade fundamental contribui para que as crianças se socializem, aprendendo a respeitar as regras.
De acordo Moço (2010), um bom desenvolvimento psicomotor, cognitivo e linguístico estão intimamente ligados a progressiva construção da personalidade e da capacidade de se relacionar e se comunicar com as outras pessoas – o que se dá durante toda a evolução da criança.
Sabemos que os jogos industrializados têm o seu valor educativo e cognitivo, bem como os artesanais, e é de suma importância que a Brinquedista proponha as crianças a criarem seus jogos, fazendo as peças, pintando, recortando sendo que essas atividades artísticas podem ajudá-las a trabalhar a independência e habilidades corporais.
Como muito bem colocou Carneiro (2010), a brincadeira é a melhor forma de fazê-las aprender. O aprendizado tem de ter significado para as crianças. Não adianta levar os pequenos para grandes distâncias, que eles se cansam.
Brincar é uma atividade que as crianças usam para descobrir o mundo, se manifestar e interagir com o outro, quando incentivado faz com que a criança desenvolva certas habilidades como a imaginação e a liberdade moral e intelectual , ou seja, autonomia.
A criança tem grande capacidade evolutiva de assimilar conceitos quando estes, claro, despertam seu interesse e as curiosidades quando apresentadas de forma lúdica, e essa forma lúdica também as auxiliam, uma vez que, colabora no seu desenvolvimento e integração, ajudando-as a relacionar-se com o mundo.


É importante salientar, que as brincadeiras infantis que ainda persistem em todo o mundo são quase sempre jogos muito simples e divertidos. Não demandam objetos, desenvolvem muitas habilidades e, historicamente, se originaram de práticas culturais e religiosas realizadas pelos adultos ao longo dos tempos. (Maria Ângela Barbato Carneiro, PUC/ SP, pág. 03).


O brincar e o jogar são atos indispensáveis à saúde física, emocional e intelectual e sempre estiveram presentes em qualquer povo desde os mais remotos tempo. Por meio deles, a criança desenvolve a linguagem, o pensamento, a socialização, a iniciativa e a auto-estima, preparando-se para ser um cidadão capaz de enfrentar desafios e participar na construção de um mundo melhor. O jogo, nas suas diversas formas, auxilia no processo ensino-aprendizagem, tanto no desenvolvimento psicomotor, isto é, no desenvolvimento da motricidade fina e ampla, bem como no desenvolvimento de habilidades do pensamento, como a imaginação, a interpretação, a tomada de decisão, a criatividade, o levantamento de hipóteses, a obtenção e organização de dados e a aplicação dos fatos e dos princípios a novas situações que, por sua vez, acontecem quando jogamos, quando obedecemos a regras, quando vivenciamos conflitos numa competição, etc.
Segundo Piaget (1967), o jogo não pode ser visto apenas como divertimento ou brincadeira para gastar energia, pois ele favorece o desenvolvimento físico, cognitivo, afetivo e moral. Por meio dele se processa a construção do conhecimento, principalmente nos períodos sensório-motor e pré-operatório. Agindo sobre os objetos, as crianças, desde pequenas, estruturam seu espaço e seu tempo, desenvolvendo a noção de casualidade, chegando à representação e, finalmente, à lógica. As crianças ficam mais motivadas para usar a inteligência, pois querem jogar bem, esforçam-se para superar obstáculos cognitivos e emocionais.
O jogo não é simplesmente um passatempo para distrair os alunos, ao contrário, corresponde a uma profunda exigência do organismo e ocupa lugar de extraordinária importância na educação escolar. Estimula o crescimento e o desenvolvimento, a coordenação muscular, as faculdades intelectuais, a iniciativa individual, favorecendo o advento e o progresso da palavra. Estimula a observar e conhecer as pessoas e os objetos do ambiente em que se vive. Por meio do jogo o indivíduo pode brincar naturalmente, testar hipóteses, explorar toda a sua espontaneidade criativa. O jogo é a mais importante atividade da infância, pois a criança necessita brincar, jogar, criar e inventar para manter seu equilíbrio com o meio. A importância da inserção e utilização dos brinquedos, jogos e brincadeiras na prática pedagógica é uma realidade que se impõe ao professor. Os brinquedos não devem ser explorados somente para o lazer, mas também como um elemento bastante enriquecedor para promover a aprendizagem. Nos jogos e brincadeiras, o educando encontra apoio para superar suas dificuldades de aprendizagem, melhorando o seu relacionamento com o ambiente. Os professores precisam estar cientes de que a brincadeira é necessária e que contribui para o desenvolvimento da habilidade de aprender e pensar.
O brincar deveria ser parte das práticas de ensino da escola, pois a atividade lúdica é benéfica ao aprendizado. A atividade lúdica pode ser utilizada de diversas formas, desde a sua prática pela livre escolha até como uma atividade dirigida pelo educador. Os jogos podem ser utilizados para o desenvolvimento do raciocínio lógico e das competências cognitivas, além do desenvolvimento físico-motor e social. Há, hoje, para os educadores, recursos e metodologias adequados para ensinar brincando.
Observam-se, duas maneiras de se utilizar o jogo na escola, de modo especial na educação infantil:
- Jogo livre ou espontâneo que permite a livre escolha da atividade pela criança.
- Jogo dirigido, considerado por muitos estudiosos como jogo didático.
A inclusão dos jogos nas atividades escolares depende também de outros fatores, como por exemplo, do nível de ensino, da faixa etária e da demanda atendida pela escola. Isso justifica porque as atividades lúdicas são mais utilizadas na educação infantil do que nos níveis mais elevados de escolaridade.


É preciso, dentro dessas perspectivas, tornar o professor um homem livre, isto é, um indivíduo liberado: liberado do desprezo em relação a certos tipos de atividade e liberado de temor do julgamento dos outros (LEIF e BRUNELLE, 1978, p. 130)


Quando o educador observa a criança em seus jogos, ele encontrou a melhor maneira de conhecê-la melhor e de uma maneira natural, impedindo a deterioração do jogo.

8. CONSIDERAÇÕES FINAIS

O brincar e os jogos de regras são de extrema importância para o desenvolvimento infantil. Os estudos de Piaget contribuíram muito para que se compreendesse como a criança adquiri o conhecimento e como o brincar e a forma que elas brincam podem auxiliar no processo da assimilação e acomodação das novas informações.


O sujeito tem potencialidades e características próprias, mas se o meio não favorece esse desenvolvimento (fornecendo objetos), abrindo espaço e organizando ações elas não se concretizam não basta somente ter contato com o conhecimento para adquiri-lo. É preciso agir sobre o objeto e transformá-lo (Piaget, J. 2007. pag.2).


Brincar é uma atividade que as crianças usam para descobrir o mundo, se manifestar e interagir com o outro, quando incentivado faz com que a criança desenvolva certas habilidades como a imaginação e a liberdade moral e intelectual , ou seja, autonomia.
A criança tem grande capacidade evolutiva de assimilar conceitos quando estes, claro, despertam seu interesse e a curiosidades quando apresentados de forma lúdica, e essa forma lúdica também as auxiliam uma vez que colabora no seu desenvolvimento e integração, ajudando-as a relacionar-se com o mundo.
O brincar e o jogar são atos indispensáveis à saúde física, emocional e intelectual e sempre estiveram presentes em qualquer povo desde o mais remoto tempo. Através deles, a criança desenvolve a linguagem, o pensamento, a socialização, a iniciativa e a auto-estima, preparando-se para ser um cidadão capaz de enfrentar desafios e participar na construção de um mundo melhor.

9. CRONOGRAMA

Iniciamos a realização deste projeto integrador no dia 23 de fevereiro de 2011, em que fizemos a divisão dos grupos e recebemos orientações do professor Valderlei Furtado Leite sobre como deveria ser realizado este projeto, as etapas que deveríamos seguir e indicações de livros para leitura. Nesta mesma data escolhemos o tema e qual problema seria destacado em nossas pesquisas. O professor nos conduziu até a biblioteca da Faculdade Anchieta para iniciarmos as pesquisas. Nos dias 9 e 16 de março de 2011 elaboramos a introdução e justificativa em sala de aula, também sob orientação do professor. Dia 30 de março de 2011 elaboramos o problema, hipótese e os objetivos.
Dia 6 de abril de 2011 nos reunimos na biblioteca da Faculdade Anchieta para realizar alterações e correções ortográficas no trabalho, neste dia também dividimos as tarefas e temas de pesquisa para cada integrante do grupo. Dia 16 de abril de 2011 debatemos sobre os teóricos e sustentação teórica em um site de relacionamento por meio eletrônico. No dia 24 de abril de 2011 nos reunimos na residência de um dos integrantes do grupo, para discutir sobre os materiais de pesquisa para a sustentação teórica e organizar o material de pesquisa. Dia 24 de outubro de 2010 nos reunimos novamente na biblioteca da Faculdade Anchieta para discutir sobre o projeto e sobre a realização do banner. Dia 7 de maio de 2011 discutimos por meio de um site de relacionamento a finalização do projeto e banner. Dia 11 de maio de 2011 finalizamos o projeto fazendo pequenas modificações e correções ortográficas.

10. FONTES
10.1 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BOCK, A.M.B; FURTADO, O; TEIXEIRA, M.L.T. Psicologias: Uma introdução ao Estudo da Psicologia. 13ª Ed. São Paulo. Saraiva. 1999.
CARNEIRO, Barbato Ângela Maria; DODGE, J. Janine. A Descoberta do Brincar. 2007.
PIAGET, Jean. Epistemologia Genética. Ed. Martins Fontes. São Paulo. 2007
SEVERINO, Antônio Joaquim. Metodologia do trabalho científico. 22ª edição, São Paulo: Cortez, 2002.

10.2 FONTES retiradas de periódico

FERNANDES, E. Teoria passando a limpo: Psicologia da Educação. São Paulo. Ed Abril. Nº 239. Pág. 86. Jan/ Fev 2011.
_____________. Teoria passando a limpo: O desenvolvimento da inteligência. São Paulo. Ed Abril. Nº 238. Pág. 64. dez/ 2010.
_____________. Teoria passando a limpo: Psicologia da Educação. São Paulo. Ed Abril. Nº 239. Pág. 86. Jan/ Fev 2011
Lopes, J. Jean Piaget. Nova Escola. São Paulo. Ed Abril. Nº. 95, ago. 1996.
SANTOMAURO, B. Teoria passando a limpo: Três idéias sobre aprendizagem. São Paulo. Ed Abril. Nº 237. Pág. 78. nov/ 2010.

Gnosiologia

A palavra é formada a partir do grego gnosis (conhecimento) e logos (doutrina, teoria), significa a doutrina que se debruça sobre o conhecimento, à teoria do conhecimento. Este estudo abarca vários domínios ou perspectivas pelas quais se podem abordar o conhecimento: a lógica, a estética, a ética, a psicologia, a metafísica. Esta palavra é normalmente usada, em filosofia, a propósito do problema da natureza e da possibilidade do conhecimento e, neste sentido, identifica-se com o criticismo (não confundir com a doutrina de Kant, a que também se chama criticismo) ou, o que é o mesmo, a crítica. A filosofia, através da gnosiologia, procura responder a problemas como o de saber se é possível ao homem, dotado com os seus órgãos de conhecimento, conhecer o mundo tal como ele é ou se, pelo contrário, distorce a realidade.
A gnosiologia estuda, portanto, o sujeito e o objeto implicados no ato do conhecimento humano, debruçando-se essencialmente sobre o primeiro e sobre a relação que se estabelece entre os dois; tenta definir o tipo de relação e o modo como o conhecimento se processa no interior do sujeito. O problema estudado pela gnosiologia é de tal modo importante que pode ser entendido como um pressuposto sempre presente e o qual é imperioso estudar antes de qualquer outra ciência, visto que da resposta que aí for obtida vai depender a atitude a ter em qualquer outro domínio da atividade humana.
Embora esta palavra não apareça ainda na filosofia antiga, a temática de que ela trata está já aí presente: nos pré-socráticos, nomeadamente entre os atomistas com o seu relativismo gnosiológico, em Sócrates e Platão e a sua teoria do conhecimento que se dividia em dois mundos (o conhecimento sensível e o inteligível, falso o primeiro e verdadeiro o segundo) ou ainda em Aristóteles, por exemplo no estudo que dedica às categorias (os modos possíveis de se predicar algo sobre um sujeito).
Em geral, cada corrente filosófica propõe uma teoria do conhecimento que define a sua marca específica. Definidos os princípios que caracterizam a gnosiologia proposta, o filósofo faz daí derivar todo o seu sistema no que respeita às outras temáticas que dizem respeito ao comportamento humano, como por exemplo a ética ou a estética.

Como referenciar este artigo:gnosiologia. In Infopédia [Em linha]. Porto: Porto Editora, 2003-2011. [Consult. 2011-04-24].
Disponível na www: <URL: http://www.infopedia.pt/$gnosiologia>.