sábado, 2 de julho de 2011

Brincar de Aprender 2

UTILIZANDO ATIVIDADES PARA AUXILIAR A CRIANÇA NO CONVÍVIO SOCIAL

Jéssica Rodrigues Silva
Liliane Nascimento da Silva
Natalia Orsioli de Souza
Stéfane Rodrigues de Macedo
Thiago Araújo Pereira




Trabalho apresentado como requisito parcial do Curso de Psicologia, para a obtenção de nota da disciplina de  Projeto Integrador, ministrado pelo Profª Dr. Valderlei Furtado Leite da Faculdade Anchieta.

sÃO BERNARDO DO CAMPO – SP
2011


 


 1. INTRODUÇÃO

<><><><> <> <><><><> <> <><><><> <>
Fonte: http://www.gettyimages.com/

Nós, pesquisadores, focamos na pesquisa de ampliar atividades para auxiliar a criança no convívio social, priorizando a faixa etária de 2 a 5 anos de idade.   O grupo recorreu à pesquisa bibliográfica, utilizando como sustentação a teoria do biólogo e filosofo Jean Piaget e Maria Ângela Barbato Carneiro.
A motivação do grupo partiu do interesse de compreender e solucionar o problema que tem sido a carência de espaços como a brinquedoteca dentro de instituições de educação infantil (escolas e creches) com o intuito de incluir esse individuo na sociedade e mostrar que a criança só se desenvolve brincando.

2. PROBLEMA

Basta só reservar um tempo para as crianças se divertirem naturalmente ou as brincadeiras podem ser sistematizadas?


O sujeito tem potencialidades e características próprias, mas, se o meio não favorece esse desenvolvimento (fornecendo objetos, abrindo espaços e organizando ações), elas não se concretizam. A presença ativa do sujeito diante do conteúdo é essencial – portanto, não basta somente ter contato com o conhecimento para adquiri-lo. É preciso “agir sobre o objeto e transformá-lo. (SANTOMAURO, 2010, p. 80).

3. JUSTIFICATIVA


O sujeito tem potencialidades e características próprias, mas se o meio não favorece esse desenvolvimento (fornecendo objetos), abrindo espaço e organizando ações elas não se concretizam não basta somente ter contato com o conhecimento para adquiri-lo. E preciso Agir sobre o objeto e transformá-lo (SANTOMAURO, 2010, p. 78).


Diante dos brinquedos oferecidos na brinquedoteca a criança expõe os seus conhecimentos e agilidades abrindo espaço para a aproximação com outras crianças contribuindo com o desenvolvimento de ambas.
Com a aplicação de jogos elas conseguem coordenar os movimentos aumentando suas capacidades de adquirir novos hábitos.


Para Piaget, todo conhecimento somente é possível porque há outros anteriores. É dessa maneira que se desenvolve a inteligência. Desde o nascimento, a pessoa começa a realizar um processo contínuo e infinito de construção do conhecimento, alcançando níveis cada vez mais complexos. Ao agir sobre um novo objeto ou situação que entre em conflito com as capacidades já existentes, as pessoas fazem um esforço de modificação para que suas estruturas compreendam a novidade. (FERNANDES, 2011, p. 72)


No caso deste, o trabalho é feito na faixa-etária de 2 a 5 anos abrangendo o período sensório-motor e pré-operatório. Para Piaget

Cada período caracterizado por aquilo que melhor o individuo consegue fazer nessas faixas-etárias, ou seja, durante esses períodos de desenvolvimento humano aparecem novas qualidades de pensamentos que por sua vez interferem no desenvolvimento global. (BOCK, 2001, p. 101)


A linguagem usada em uma criança de 2 anos não é a mesma usada com uma de 4 anos. O facilitador, no caso deste o docente, irá atuar diante com cada uma delas da forma mais adequada mesmo que todas as idades (2 a 5) estejam em um mesmo ambiente.


Para que haja desenvolvimento o avanço das crianças, o decente precisa tomar muitas decisões: considerar as demandas das turmas, propor questões e desafios e pensar formas de promover ações que gerem aprendizado. Dominando sua área além de saber os processos pelos os quais o aluno aprende os mais diferentes conteúdos (SANTOMAURO, 2010, p. 81)


Ter um ambiente com jogos e brinquedos dispostos livremente sem direcionamento da brinquedista indica facilidade ou a dificuldade de cada um mostrando para o educador quais os pontos deverão ser trabalhados para que a criança saiba como interagir com o grupo.

4. HIPÓTESE

A idéia é que o brincar e jogar faça que a criança aprenda a se expressar melhor, fazendo-a conhecer diversas opiniões acrescentando novas idéias em sua vida. A Brinquedoteca faz que as crianças aprendam a conviver em sociedade.

O brincar como indicador de atitude na construção de competência uma vez que por intermédio da brincadeira pode se obter um feixe de habilidade que posteriormente edificará uma competência no indivíduo.

A utilização da Brinquedoteca trata-se da integração da criança na sociedade para incentivo e melhoria do seu aprendizado.
5. OBJETIVOS

5.1 OBJETIVO GERAL

O objetivo deste trabalho é introduzir a brinquedoteca nas instituições de ensino para auxiliar o desenvolvimento da criança na sociedade.

5.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS

Demonstrar o papel fundamental dos brinquedos no desenvolvimento infantil, pois brincar é a linguagem que as crianças usam para se manifestar, descobrir o mundo e interagir com o outro. Quando incentivadas, as crianças adquirem novas habilidades, desenvolvem a imaginação e a autonomia.
Fornecer informações sobre a importância dos objetos ou jogos, despertar a curiosidade de cada uma das crianças, sendo também um indicador da sua realidade futura, cada símbolo demonstrado apresenta qualidades ou até mesmo dificuldades que podem ser trabalhadas pelo educador.

6. METODOLOGIA CIENTÍFICA

Por se tratar de uma pesquisa na área de ciências humanas, este Projeto foi desenvolvido a partir da investigação bibliográfica com análise exploratória. Diante do disposto foram realizadas leituras e inferências teóricas dos clássicos até autores mais contemporâneos sobre o objeto de estudo. A análise se deu por uma reflexão de ordem qualitativa sob a ótica interdisciplinar no propósito de edificar o conhecimento holístico, neste caso a epistemologia ligada ao brincar.
Segundo Antonio Joaquim Severino:


Elaboração dos processos metodológicos e técnicos para o levantamento dos dados empíricos, bem como na sua aplicação concreta, se faz ativa a intervenção da atividade teórica. (pag. 150)


Existem vários processos de levantamento de dados empíricos, existem igualmente vários modos de interpretação lógica destes dados. Trata-se dos vários métodos epistemológicos utilizáveis para a compreensão significativa dos dados reais. Por isso, a ciência não pretende mais atingir uma verdade única e absoluta: suas conclusões não são consideradas como verdades dogmáticas, mas como formas de conhecimento, conteúdos inteligíveis que dão sentido e determinado aspecto da realidade. (pag. 150)

7. Sustentação Teórica

É de nosso conhecimento que os jogos são fundamentais porque desenvolvem na criança a autonomia e a sociabilidade. O brincar como atividade fundamental contribui para que as crianças se socializem, aprendendo a respeitar as regras.
De acordo Moço (2010), um bom desenvolvimento psicomotor, cognitivo e linguístico estão intimamente ligados a progressiva construção da personalidade e da capacidade de se relacionar e se comunicar com as outras pessoas – o que se dá durante toda a evolução da criança.
Sabemos que os jogos industrializados têm o seu valor educativo e cognitivo, bem como os artesanais, e é de suma importância que a Brinquedista proponha as crianças a criarem seus jogos, fazendo as peças, pintando, recortando sendo que essas atividades artísticas podem ajudá-las a trabalhar a independência e habilidades corporais.
Como muito bem colocou Carneiro (2010), a brincadeira é a melhor forma de fazê-las aprender. O aprendizado tem de ter significado para as crianças. Não adianta levar os pequenos para grandes distâncias, que eles se cansam.
Brincar é uma atividade que as crianças usam para descobrir o mundo, se manifestar e interagir com o outro, quando incentivado faz com que a criança desenvolva certas habilidades como a imaginação e a liberdade moral e intelectual , ou seja, autonomia.
A criança tem grande capacidade evolutiva de assimilar conceitos quando estes, claro, despertam seu interesse e as curiosidades quando apresentadas de forma lúdica, e essa forma lúdica também as auxiliam, uma vez que, colabora no seu desenvolvimento e integração, ajudando-as a relacionar-se com o mundo.


É importante salientar, que as brincadeiras infantis que ainda persistem em todo o mundo são quase sempre jogos muito simples e divertidos. Não demandam objetos, desenvolvem muitas habilidades e, historicamente, se originaram de práticas culturais e religiosas realizadas pelos adultos ao longo dos tempos. (Maria Ângela Barbato Carneiro, PUC/ SP, pág. 03).


O brincar e o jogar são atos indispensáveis à saúde física, emocional e intelectual e sempre estiveram presentes em qualquer povo desde os mais remotos tempo. Por meio deles, a criança desenvolve a linguagem, o pensamento, a socialização, a iniciativa e a auto-estima, preparando-se para ser um cidadão capaz de enfrentar desafios e participar na construção de um mundo melhor. O jogo, nas suas diversas formas, auxilia no processo ensino-aprendizagem, tanto no desenvolvimento psicomotor, isto é, no desenvolvimento da motricidade fina e ampla, bem como no desenvolvimento de habilidades do pensamento, como a imaginação, a interpretação, a tomada de decisão, a criatividade, o levantamento de hipóteses, a obtenção e organização de dados e a aplicação dos fatos e dos princípios a novas situações que, por sua vez, acontecem quando jogamos, quando obedecemos a regras, quando vivenciamos conflitos numa competição, etc.
Segundo Piaget (1967), o jogo não pode ser visto apenas como divertimento ou brincadeira para gastar energia, pois ele favorece o desenvolvimento físico, cognitivo, afetivo e moral. Por meio dele se processa a construção do conhecimento, principalmente nos períodos sensório-motor e pré-operatório. Agindo sobre os objetos, as crianças, desde pequenas, estruturam seu espaço e seu tempo, desenvolvendo a noção de casualidade, chegando à representação e, finalmente, à lógica. As crianças ficam mais motivadas para usar a inteligência, pois querem jogar bem, esforçam-se para superar obstáculos cognitivos e emocionais.
O jogo não é simplesmente um passatempo para distrair os alunos, ao contrário, corresponde a uma profunda exigência do organismo e ocupa lugar de extraordinária importância na educação escolar. Estimula o crescimento e o desenvolvimento, a coordenação muscular, as faculdades intelectuais, a iniciativa individual, favorecendo o advento e o progresso da palavra. Estimula a observar e conhecer as pessoas e os objetos do ambiente em que se vive. Por meio do jogo o indivíduo pode brincar naturalmente, testar hipóteses, explorar toda a sua espontaneidade criativa. O jogo é a mais importante atividade da infância, pois a criança necessita brincar, jogar, criar e inventar para manter seu equilíbrio com o meio. A importância da inserção e utilização dos brinquedos, jogos e brincadeiras na prática pedagógica é uma realidade que se impõe ao professor. Os brinquedos não devem ser explorados somente para o lazer, mas também como um elemento bastante enriquecedor para promover a aprendizagem. Nos jogos e brincadeiras, o educando encontra apoio para superar suas dificuldades de aprendizagem, melhorando o seu relacionamento com o ambiente. Os professores precisam estar cientes de que a brincadeira é necessária e que contribui para o desenvolvimento da habilidade de aprender e pensar.
O brincar deveria ser parte das práticas de ensino da escola, pois a atividade lúdica é benéfica ao aprendizado. A atividade lúdica pode ser utilizada de diversas formas, desde a sua prática pela livre escolha até como uma atividade dirigida pelo educador. Os jogos podem ser utilizados para o desenvolvimento do raciocínio lógico e das competências cognitivas, além do desenvolvimento físico-motor e social. Há, hoje, para os educadores, recursos e metodologias adequados para ensinar brincando.
Observam-se, duas maneiras de se utilizar o jogo na escola, de modo especial na educação infantil:
- Jogo livre ou espontâneo que permite a livre escolha da atividade pela criança.
- Jogo dirigido, considerado por muitos estudiosos como jogo didático.
A inclusão dos jogos nas atividades escolares depende também de outros fatores, como por exemplo, do nível de ensino, da faixa etária e da demanda atendida pela escola. Isso justifica porque as atividades lúdicas são mais utilizadas na educação infantil do que nos níveis mais elevados de escolaridade.


É preciso, dentro dessas perspectivas, tornar o professor um homem livre, isto é, um indivíduo liberado: liberado do desprezo em relação a certos tipos de atividade e liberado de temor do julgamento dos outros (LEIF e BRUNELLE, 1978, p. 130)


Quando o educador observa a criança em seus jogos, ele encontrou a melhor maneira de conhecê-la melhor e de uma maneira natural, impedindo a deterioração do jogo.

8. CONSIDERAÇÕES FINAIS

O brincar e os jogos de regras são de extrema importância para o desenvolvimento infantil. Os estudos de Piaget contribuíram muito para que se compreendesse como a criança adquiri o conhecimento e como o brincar e a forma que elas brincam podem auxiliar no processo da assimilação e acomodação das novas informações.


O sujeito tem potencialidades e características próprias, mas se o meio não favorece esse desenvolvimento (fornecendo objetos), abrindo espaço e organizando ações elas não se concretizam não basta somente ter contato com o conhecimento para adquiri-lo. É preciso agir sobre o objeto e transformá-lo (Piaget, J. 2007. pag.2).


Brincar é uma atividade que as crianças usam para descobrir o mundo, se manifestar e interagir com o outro, quando incentivado faz com que a criança desenvolva certas habilidades como a imaginação e a liberdade moral e intelectual , ou seja, autonomia.
A criança tem grande capacidade evolutiva de assimilar conceitos quando estes, claro, despertam seu interesse e a curiosidades quando apresentados de forma lúdica, e essa forma lúdica também as auxiliam uma vez que colabora no seu desenvolvimento e integração, ajudando-as a relacionar-se com o mundo.
O brincar e o jogar são atos indispensáveis à saúde física, emocional e intelectual e sempre estiveram presentes em qualquer povo desde o mais remoto tempo. Através deles, a criança desenvolve a linguagem, o pensamento, a socialização, a iniciativa e a auto-estima, preparando-se para ser um cidadão capaz de enfrentar desafios e participar na construção de um mundo melhor.

9. CRONOGRAMA

Iniciamos a realização deste projeto integrador no dia 23 de fevereiro de 2011, em que fizemos a divisão dos grupos e recebemos orientações do professor Valderlei Furtado Leite sobre como deveria ser realizado este projeto, as etapas que deveríamos seguir e indicações de livros para leitura. Nesta mesma data escolhemos o tema e qual problema seria destacado em nossas pesquisas. O professor nos conduziu até a biblioteca da Faculdade Anchieta para iniciarmos as pesquisas. Nos dias 9 e 16 de março de 2011 elaboramos a introdução e justificativa em sala de aula, também sob orientação do professor. Dia 30 de março de 2011 elaboramos o problema, hipótese e os objetivos.
Dia 6 de abril de 2011 nos reunimos na biblioteca da Faculdade Anchieta para realizar alterações e correções ortográficas no trabalho, neste dia também dividimos as tarefas e temas de pesquisa para cada integrante do grupo. Dia 16 de abril de 2011 debatemos sobre os teóricos e sustentação teórica em um site de relacionamento por meio eletrônico. No dia 24 de abril de 2011 nos reunimos na residência de um dos integrantes do grupo, para discutir sobre os materiais de pesquisa para a sustentação teórica e organizar o material de pesquisa. Dia 24 de outubro de 2010 nos reunimos novamente na biblioteca da Faculdade Anchieta para discutir sobre o projeto e sobre a realização do banner. Dia 7 de maio de 2011 discutimos por meio de um site de relacionamento a finalização do projeto e banner. Dia 11 de maio de 2011 finalizamos o projeto fazendo pequenas modificações e correções ortográficas.

10. FONTES
10.1 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BOCK, A.M.B; FURTADO, O; TEIXEIRA, M.L.T. Psicologias: Uma introdução ao Estudo da Psicologia. 13ª Ed. São Paulo. Saraiva. 1999.
CARNEIRO, Barbato Ângela Maria; DODGE, J. Janine. A Descoberta do Brincar. 2007.
PIAGET, Jean. Epistemologia Genética. Ed. Martins Fontes. São Paulo. 2007
SEVERINO, Antônio Joaquim. Metodologia do trabalho científico. 22ª edição, São Paulo: Cortez, 2002.

10.2 FONTES retiradas de periódico

FERNANDES, E. Teoria passando a limpo: Psicologia da Educação. São Paulo. Ed Abril. Nº 239. Pág. 86. Jan/ Fev 2011.
_____________. Teoria passando a limpo: O desenvolvimento da inteligência. São Paulo. Ed Abril. Nº 238. Pág. 64. dez/ 2010.
_____________. Teoria passando a limpo: Psicologia da Educação. São Paulo. Ed Abril. Nº 239. Pág. 86. Jan/ Fev 2011
Lopes, J. Jean Piaget. Nova Escola. São Paulo. Ed Abril. Nº. 95, ago. 1996.
SANTOMAURO, B. Teoria passando a limpo: Três idéias sobre aprendizagem. São Paulo. Ed Abril. Nº 237. Pág. 78. nov/ 2010.

Nenhum comentário:

Postar um comentário